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ESPIRITUALIDADE:DOM DE DEUS AOS SEUS MISSIONÁRIOS

- Espiritualidade: dom de Deus aos seus missionários
“Todo o que beber desta água, terá sede de novo; mas quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede, porque a água que eu darei se tronará nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna.
(Jo 4,13-14)
Há uma frase do teólogo francês Chenu, muito bonita que diz: “A verdade é que os sistemas teológicos nada mais são do que a expressão da espiritualidade. Aqui reside seu interesse e sua grandeza”. A comunidade cristã, é convidada a viver uma fé autêntica, que esteja realmente comprometida com o bem do outro. Se isso não acontecer, o “ser cristão” perde seu significado.Não pode existir uma fé coerente, transformadora e educadora, sem uma espiritualidade.
No decorrer da caminhada cristã, é comum encontrarmos pessoas cansadas e desanimadas, porque a comunidade só se preocupa na renovação teológica ou na mudança da metodologia pastoral. A comunidade, neste caso, deveria se preocupar em alimentar a espiritualidade e viver uma mística, que consiste em fortes motivações evangélicas. A mística não se encontra só na Igreja católica Apostólica Romana, mas nos partidos políticos, nos sindicatos,nos institutos de vida consagrada, ou até mesmo nas associações. Quem realmente se identifica com um partido, é convidado a encarnar o seu estatuto na alma. A partir daí, o militante passa a ter uma mística que vai direcionar todos os seus projetos.
Nas associações, também existem seus estatutos, que possibilitam viver uma mística transformadora. Já nos institutos de vida consagrada, há a espiritualidade deixada, pelos seus fundadores. Os consagrados, são convidados à espiritualidade missionária, conforme o dom que Deus deu a cada um. A espiritualidade, é um dom de Deus aos seus missionários, e por isso exige práticas. Nesse sentido,podemos nos colocar dentro da mística. Mas, como nos colocar dentro da mística? Celebrando! Se não celebrar, a mística morre. Hoje em dia encontramos muitos missionários desanimados. Já não tem mais aquele mesmo vigor inicial. E tudo isso aconteceu, porque não souberam celebrar a mística em comunidade.
É impossível viver uma mística missionária sozinho. É preciso partilhar com os irmãos de caminhada. A espiritualidade, não cai do céu de para-quedas. É um dom, que temos que pedir diariamente a Deus. Sozinhos, não podemos tirar água do poço. Vejamos o exemplo de Jesus com a samaritana. Para aqueles que se comprometem com o Reino de Deus, a espiritualidade exige compromisso. É preciso que a água molhe no deserto interior, para podermos jorrar água viva, que realmente nos conduza a salvarmos vidas que estão à margem da sociedade. Precisamos ser pessoas criativas, para nos adaptarmos às mudanças do tempo. A água não pode fuçar parada! Caso contrário, ela secaria aos poucos, tirando a vida das árvores e animais e até mesmo do ser humano . Assim acontece, quando não nos abrimos para o novo. Tudo em nós morre.
Todos nós temos a capacidade de viver uma espiritualidade, observando os fatos históricos do Evangelho. A partir daí, podemos caminhar nos passos de Jesus, deixando que o Espírito santo nos impulsione. Os fatos históricos bíblicos devem ser percebidos e vividos, segundo a cultura de cada povo, à luz dos carismas individuais e coletivos.Cabe aqui mencionar os institutos de vida consagrada. Vamos ver dois pontos muito importantes, que marcam a renovação da espiritualidade na América Latina,segundo Galilea (REB/ 39 pág. 563-570. O primeiro é a valorização do Cristo histórico, segundo os evangelhos. Precisamos compreender a humanidade de Jesus, que começa com a sua vinda. (“Deus menino”) e vai até sua morte (“Cristo morto”).
O segundo ponto, na America Latina, é o pobre. O pecado sócio- econômico- político, ainda massacram os pobres. São marginalizados, que não tem condições de viver uma vida digna. Por incrível que pareça, não há política que consiga visualizar o lado social dos países que formam a América Latina. Vamos dividir a classe pobre:
⦁ Marginalizados: desempregados e sub- empregados, vai de 25% a 30% da força de trabalho;
⦁ Trabalhadores da economia submersa: 20% da força de trabalho;
Podemos concluir com os miseráveis, que engloba os menores abandonados, marginais, prostitutas e pessoas em situação de rua. Existem ainda os pobres que sofrem discriminação racial, étnica, sexual: negros, índios e as mulheres. Os drogados e os velhos, se encaixam na sociedade industrial. A espiritualidade, nos faz perceber ao longo da história bíblica, que Deus está do lado dos pobres. Pobres ou ricos, somos todos pecadores, mas Deus decide usar os pobres para formarem as primeiras comunidades missionárias.
Nossas comunidades, são feitas de pessoas pecadoras e simples, mas que ao longo da caminhada de fé fizeram da espiritualidade, um compromisso para gerar a vida. É das famílias simples que saem missionários e missionárias, comprometidos com a verdade. Deus dá o dom da mística missionária a quem pede e tem consciência das conseqüências: “Pois eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede, e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebestes em casa; estava nu e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão, fostes visitar-me.” (Mt 25,35-36)
Podemos observar que Jesus está presente na vida dos pobres e pequenos. Deus não se esconde. Do contrário, se revela através de Jesus, e se mostra do lado dos marginalizados. Mesmo que não haja políticas públicas de qualidade,Deus acha uma solução enviando missionários e missionárias para ajudá-los a sair da miséria social. A espiritualidade como dom de Deus, é um convite para as pessoas que querem se dedicar às missões. Lembrando que, a missão exige de nós. Compromisso com os pobres. A espiritualidade, não é restrita somente para um determinada religião, mas envolve todas as crenças, que estão abertas para acolher o projeto salvador de Deus.
Podemos concluir dizendo que, muitos missionários se doaram até a morte. E alguns foram martirizados, tais como: Dom Oscar Romero, Padre Ezequiel, Ir. Dorothy Stang, Ir. Adelaide, etc. Estavam a serviço dos pobres e morreram lutando em favor da vida. Que possamos nós vivermos uma espiritualidade missionárias, tendo os pobres como principal alvo, para a realização de um projeto social.