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Hui – Tzu disse a Chuang – Tzu: “Seus ensinamentos não têm nenhum valor prático”. Chuang – Tzu respondeu: “ Somente aqueles que conhecem o valor do que é inútil podem falar do que é útil” (filosofia chinesa).
Uma vez Jacó perseguiu Esaú por causa da primogenitura. Esaú estava morrendo de fome e Jacó se aproveitou do momento para tomar aquilo que não era seu. Depois que Esaú comeu foi embora desprezando assim sua primogenitura. Podemos ler em Gn 25, 29-34. Jacó então vai se dirigir até Harã e como já estava anoitecendo resolveu passar a noite tendo como travesseiro uma pedra. Em sonho o Senhor apareceu a ele e disse: “[...] Eu sou o Senhor, Deus de teu Pai Abraão, o Deus de Isaac. [...].” (Gn 28, 13). Jacó procurava a todo instante fugir de Deus, mas não conseguiu por muito tempo. Jacó então, se entrega definitivamente nos braços de Deus. Podemos ver a citação bíblica que se encontra em Gn 32, 11:” Não mereço tantos favores e toda essa fidelidade com que trataste teu servo. De fato passei este rio Jordão trazendo apenas o bastão e volto agora com dois acampamentos.” Não havia capela para que ele se dirigisse a Deus através de toda essa oração que segue nos demais versículos. Podemos então observar que de inútil Jacó passou a ser útil.
Encontramos também outra narrativa no Antigo Testamento, desta vez com Jonas que foi enviado pelo Senhor a Nínive, mas no caminho desviou sua trajetória e ia em direção à Társis. Deus então queria Jonas para si e mandou um peixe grande que o engoliu. A rebeldia de Jonas acabava ali. Não restava outra alternativa a não ser se entregar definitivamente nos braços do Senhor. Jonas então, fez sua oração dentro do ventre do peixe. Podemos ver em Jn 2. Deus é teimoso. E quando Ele nos quer para Ele não adianta. Não importa o lugar, Deus está presente. Podemos então nos perguntar: Já passamos por situações complicadas em que foi necessário rezar, não importando o lugar? Com certeza já fizemos esta experiência na fila de um bando, na fila da peixaria, enquanto esperávamos a carne no açougue.
Vamos a partir de agora navegar na Bíblia e ver alguns lugares de oração. Estou tratando da oração pessoal. Na oração comunitária podemos também usar nossa criatividade. Nada impede que rezemos na natureza, isso vai depender a evolução criativa de cada um e da aceitação de todos. Convido você a não se fixar somente no texto, mas se colocar na cena, achando seu lugar naquele texto bíblico.
Deus se deixa achar junto de um poço. Podemos ver está passagem em Gn 24,11-12: “Fez descansar os camelos fora da cidade, junto a um poço d’água, já de tarde, à hora em que as mulheres costumam ir apanhar água. E disse: “ Senhor, Deus de meu senhor Abraão, que o dia de hoje me seja favorável. Mostra-te benigno com meu senhor Abraão.” A narrativa começa quando Abraão pede para seu criado buscar uma mulher para se casar com seu filho Isaac. O criado podia muito bem voltar de mãos vazias, uma vez que ele não era dono de ninguém para pegar a força. O pobre criado então desesperado clama ao Deus de Abraão pedindo que desse tudo certo nessa busca. A oração vai se prosseguir nos demais versículos. O que nos interessa aqui é ver que a comunicação entre Deus e o criado acontece junto a um poço d’água. Deus mais uma vez se deixa achar fora de um Templo. Mas atenção! Não estou dizendo que Deus não esteja no Templo. Está sim. O templo, capela são lugares hoje em dia em que encontramos mais silêncio. Diante do barulho mundano, a única maneira de achar Deus através do silêncio é a capela.
Deus se deixa encontrar na praia. Todo o capítulo 15 de Êxodo é uma oração que Moisés e Maria fazem ao Senhor pela vitória sobre os egípcios, quando Deus os afogou no mar. O grupo de Moisés, atravessou o Mar Vermelho sem molhar os pés. Provavelmente a cena acontece na beira da praia. Outra vez Deus se mostra compassivo e se deixa achar na beira da praia, por um grupo de pessoas que cansados de ser perseguidos, podem agora cantar mais livres ao Deus que os libertou da escravidão.
Deus se deixa encontra no tumulto da multidão ou em pleno deserto. “ Jesus foi conduzido ao deserto pelo Espírito, para ser posto à prova pelo diabo.” (Mt 4,1). Do capítulo 4 de Mateus nos interessa até o versículo 11. Em meio ao tumulto da vida, Jesus não consegue encontrar o Pai e resolve ir para o deserto. Depois de quarenta dias, veio a provação. O diabo tenta a todo custo seduzir Jesus. Mas não conseguiu porque aqueles dias de oração no deserto o deixou forte e com o Espírito pronto para suportar qualquer provação. Deus se deixa achar também no deserto. A prova disso encontramos no versículo 11 do capítulo 4: “ Por fim, o diabo o deixou, e os anjos se aproximaram para servi-lo.” A tentação fazia parte do projeto de Deus. Se estamos fortes na oração, não é tão fácil que vamos deixar-nos seduzir pelas artimanhas do inimigo que está em todo lugar. Atualmente é comum vemos o inimigo até no sociedade me que vivemos.
Deus se deixar encontrar ao lado de um túmulo. Vamos ver esta cena em Jo 11, 41: “Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o alto, disse: “Pai, eu te dou graças porque me ouviste!” A fato histórico que a ressurreição de Lázaro. Não havia outro lugar para Jesus se comunicar Deus. Com uma aflição muito grande, Jesus vai tentar dar a vida a Lázaro que já estava dentro de um túmulo. Mas uma vez Deus se revela e nos mostra que nem a morte é capaz de derrotar nossa comunicação com Deus. Mais adiante vamos ver que até no velório de uma pessoa querida Deus se permite achar.
Deus se deixa encontrar com uma criança no colo. “Quando acabou a água do odre, largou o menino debaixo de um arbusto [...]”. Abraão atendendo um pedido de sua mulher manda embora a escrava Agar e Ismael. A mãe e o menino vão parar num deserto. Com fome e sem água a mãe o deixa debaixo de um arbusto, pois já não tinha mais esperança de conservá-lo vivo. Existe um ditado popular que diz: “ Deus não dorme”. De fato, não foi diferente com o menino. O Senhor Deus ouviu o choro do menino, como podemos ver em Gn 21, 17: “Deus ouviu o choro do menino e, de lá dos céus, o anjo de Deus chamou Agar, dizendo:” Que tens, Agar? Não tenhas medo, pois Deus ouviu o choro do menino do lugar onde está.” Do colo da mãe, o menino clama e Deus escuta.
Deus se deixa encontrar no leito nupcial. O versículo condutor encontramos em Tb 8, 5: “ Ela levantou-se , e começaram a orar e suplicar ao Senhor, para que lhes fosse concedida a saúde. Esta foi a sua oração: “ Tu és bendito, Deus de nossos pais, e é bendito o teu Nome pelos séculos dos séculos. Bendigam-te os céus e toda a tua criação por todos os séculos.” Em meio a uma aflição o casal vê-se atormentado uma doença, uma espécie de demônio da época. Então do leito eles digiram ao senhor a oração que segue nos demais versículos. Deus se mostra misericordioso e os dois dormiram bem a noite inteira. Mostram-nos que mesmo na doença devemos suplicar que o Senhor venha em nosso auxílio. A doença não é enviada por Deus. Ele não castiga ninguém. Ele ama cada um de nós com um amor de Pai e de Mãe.
Deus se deixa encontrar dentro da cova dos leões. Agora quem vai nos conduzir é Dn 6,23: “ Meu Deus mandou seu anjo para fechar as bocas dos leões e eles não me incomodam, pois fui considerado inocente diante de Deus da mesma forma como também contra ti, ó Rei, nenhum crime cometi.” Daniel não quis adorar o rei e acabou na cova dos leões. Deus sempre guia os que o seguem. Não abandonou Daniel e ouviu suas preces que vinham de dentro da cova, onde residiam os ferozes leões. Deus se revela quando estamos em perigo. As vezes nossos olhos ainda estão vedados para enxergar a graça de Deus agindo em nossa vida.
É bom notarmos que eles não se dirigiram a Deus com atitudes anímicas. Do contrário, dirigiam-se a Deus quando estavam agradecidos, furiosos. Clamavam ao senhor na descrença, rebeldia , no ceticismo ou no desespero. Muitas pessoas de nosso tempo desiste de rezar porque não colocaram na oração o presente. Quando rezamos aquilo que estamos sentindo nossa oração fica mais saborosa. Se estamos sentindo raiva, porque não fazer da raiva uma oração. Se estamos alegres por que alguma coisa de bom aconteceu conosco, porque não fazemos disso uma momento de oração a Deus. É preciso dar nome àquilo que estamos sentindo hoje. Quando rezamos com os nossos sentimentos nossa vida torna-se um mar de amor, pronto a distribuir amor para quem não tem.
No cansaço está Deus. “ Havia ali a fonte de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se junto à fonte. Era por volta do meio-dia.” (Jo 4,6). Certa vês fiz uma experiência marcante quando eu morava em Belo Horizonte- MG. Eu havia dado aula para as crianças da Casa de Apoio (Obra da Congregação dos Fráteres de Nossa Senhora Mãe de Misericórdia), e depois das cinco horas da tarde o trânsito já começava a ficar congestionado. Já no cair na noite entrei no ônibus e para minha surpresa não demorou muito tempo para parar na grande fila de veículos. Ainda não havia rezado o terço e neste momento puxei-o do bolso e comecei a rezar deixando-me embalar pelos braços maternos de Nossa Senhora. A hora de rezar era aquela. Mesmo cansado meu interior gritava com sede de Deus. No versículo acima Jesus estava cansando da viajem que fizera de Judéia para Galiléia. Mas, devido o cansaço parou em Samaria. Posso imagina- Lo tão derrotado por causa do calor. Não havia meios de transportes no tempo de Jesus a não ser o jumento. Provavelmente Jesus tenha percorrido a pé, uma vez que para chegar tão cansado não poderia ter vindo montado em um jumento.
Moisés também se cansou por causa do povo que El guiava. Ele então se queixou com o Senhor . Podemos claramente ver isso em Nm 11,11-15: “[..] disse ao Senhor:” Porque maltratas assim teu servo? Por que gozo tão pouco de teu favor, a ponto de descarregares sobre mim o peso de todo este povo? Acaso fui eu quem concebeu ou deu à luz este povo, para que me digas:’ Carrega-o no colo, como se fosse uma babá a levar uma criança, até à terra que prometeste a seus pais? Onde conseguirei carne para dar a toda esta gente? Pois se lamentam contra mim, dizendo:’Dá-nos carne para comer’. Já não posso suportar sozinho o peso de todo este povo: é grande demais para mim. Se queres continuar a me tratar assim, peço que me tires a vida! Se, pelo contrário, ganhei teu favor, então que eu veja mais minha desgraça.” Imaginemos o cansaço de uma pessoa que lida com uma comunidade paroquial sozinha. É claro que um dia o cansaço vai chegar e então a explosão está feita. Moisés não agüentou mais dirigir o povo sozinho, e pediu ajuda ao Senhor. Mesmo cansado como estava, Moisés se dirigia ao Senhor em forma de oração.
Os Capítulos 18 e 19 do 1 Rs também vai trazer narrativas que mostram a oração diante do cansaço. A Rainha Jezabel perseguia Elias, que depois de um show no Monte Carmelo corre desesperadamente buscando qualquer deserto longe da rainha. O deserto é um simbolismo muito forte para nós que buscamos nos aproximar cada vez mais do Divino Mestre.
Na pressa está Deus. Vamos deixar-nos conduzir por Lucas 10,38-42: “ Jesus entrou num povoado, e uma mulher, de nome Marta, o recebeu em sua casa. Ela tinha uma irmã, Maria, a qual se sentou aos pés do Senhor e escutava a sua palavra. Marta, porém, estava ocupada com os muitos afazeres da casa. Ela aproximou-se e disse: “ Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda pois que ela venha me ajudar!” O Senhor, porém, lhe respondeu: “ Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada.” Quase todos nós já passamos pela experiência de ver uma pessoa completamente inquieta que anda para lá e para cá, resolvendo várias coisas em uma mesma hora com uma pressa incrível.
Raimundo era um rapaz que tinha sua família. Porém, era muito apressado em tudo o que fazia. Certa vez ele tinha que fazer dez coisas durante o dia tal. Tomou o café da manhã apressadamente e ainda queimou a ponta da língua, pois o café estava quente demais. Logo pegou o carro para levar sua filha na escola. Quase matou um gambá que atravessava a estrada devido a pressa. Mal chegou na escola e praticamente jogou sua filha do carro e foi fazer as compras do mês do supermercado. Uma vez que o supermercado era longe ele pensou: “Ainda não conversei com Deus hoje.” E naquele momento ele foi acalmando seus neurônios que estavam a mil e dirigiu naquela manhã sua prece a Deus. Mesmo na pressa, Ademar sabia que encontrar Deus seria possível.
Marta era uma pessoa quase igual ao Ademar. É diferente porque ela é personagem da Bíblia. Jesus chegou e Marta não deu a mínima importância, porque estava tão ocupada com a organização da casa. Maria estava naquele momento muito ocupada dando atenção para a mais bela das visitas. Marta ainda por cima reclama do comportamento de Maria e vai até lá. Ma Jesus vai tentar abrir seus olhos e fazer com que ela consiga encontra- LO no meio da pressa.
No velório está Deus. Vamos pedir ajuda aqui ao nosso amigo João 11,3.11.33-35: “As irmãs mandaram avisar Jesus: “ Senhor, aquele que amas está doente.” E acrescentou ainda: “ Nosso amigo Lázaro está dormindo. Mas, eu acordá-lo.” Quando Jesus a viu chorar, e os que estavam com ela, comoveu-se interiormente e perturbou-se. Ele perguntou: “Onde o puseste?” Responderam: “ Vem ver, Senhor!” Jesus teve lágrimas.” As vezes ainda somos cristãos tão sem graça que ainda custa-nos entender o mistério da morte. É comum nos velórios encontrarmos pessoas que xingam Deus. Ficam até de mal com Deus durante semanas. É como escutarmos:” Porque meu Deus fizeste isso com fulano? Por que levaste fulano de nosso meio?” Não é assim que acontece nos velórios? Cria-se um certo bloqueio da pessoa com Deus. Nesta pequena leitura do Evangelho Lázaro já estava morto, mas Jesus não perde sua esperança e confia plenamente no Pai que está nos céus. Ninguém acusa Deus pela morte de Lázaro. Jesus podia muito bem deixar que ele descansasse em paz. Isso nos garante que vamos ressuscitar com Jesus na vida eterna. Diante da morte podemos nos entregar definitivamente nos braços de Deus. Eu diria que esta é uma boa oportunidade para o cristão elevar sua oração a Deus. Só Ele pode confortar os corações da família que sofre pela perda de uma pessoa querida.
Na monotonia está Deus. Vamos agora dar uma passadinha em Mc 10, 42-56: “ Jesus então os chamou e disse:” Sabeis que os que são considerados chefes das nações as dominam, e os seus grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deve se assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos.” Chegaram a Jericó. Quando Jesus estava saindo da cidade, acompanhavam-no os discípulos e uma grande multidão. O mendigo cego, Bartimeu, filho de Timeu, estava sentado à beira do caminho. Ouvindo que era Jesus Nazareno, começou a gritar: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim.” Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais alto:” Filho de Davi, tem compaixão de mim.” Jesus parou e disse: “ Chamai-o!” Eles o chamaram, dizendo:” Coragem, levanta-te! Ele te chama!” O cego jogou o manto fora, deu um pulo e se aproximou de Jesus. Este lhe perguntou:” Que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “ Rabuni, que eu veja”. Jesus disse: “ Vai, tua fé te salvou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus Pelo caminho.”
Joaquim era um jovem rapaz que quase não recebera instrução nenhuma a respeito da vida . Sua família vivia um grande vazio. Nada fazia sentido para ele. Certa vez ele encontrou uma freira que por acaso passava fazendo propaganda vocacional naquela pobre comunidade. Ele então resolveu falar com ela e disse:” Irmã Raquel, porque eu sinto um grande vazio dentro de mim? Até hoje não consigo achar respostas.” Ela falou:” Meu filho querido falta você conhecer uma pessoa que te espera há muito tempo. Com certeza não te deram muitas informações a respeito de um Mestre que passou fazendo milagres na terra e curou o cego que estava implorando ajuda e ninguém lhe dava atenção.” Joaquim assustado perguntou: “ Mas, onde posso achar essa pessoa que a senhora fala com tanta intimidade?” Ela respondeu: “ Em todo lugar e em especial dentro de você. E também não se esqueça de encontrá-lo também na Sagrada Escritura.” O Jovem rapaz muito agradecido acabou de encontrar Deus na monotonia. O seu vazio tornou-se cheio da graça de Deus.
Na graça e na des-graça está Deus. Marcos morador de Santa cruz do Arari- Pará , pequena que se localiza na Ilha de Marajó, resolveu fazer uma viagem para conhecer Minas Gerais. Economizou durante o ano inteiro e no fim do ano tinha todo o dinheiro para o gasto na viagem. Já bem perto de usa viagem, aconteceu uma desgraça com amigo mais querido de nome Wesley, que tinha se acidentado de moto. O pobrezinho quebrou as duas pernas com fraturas expostas, além de rachar o braço levando-o a um estado de coma. Marcos ficou desesperado e correu para ajudar o amigo. Dentro do seu coração ele se fez uma pergunta: “ Devo ou não ir para Minas Gerais”? A passagem já estava comprada e ele tinha vinte e quatro horas para cancelar o vôo. Resolveu então cancelar sua viagem para ficar cuidando do amigo, uma vez que sua família era pobre e não tinha muitas condições financeiras para arcar com todas as despesas. Marcos então começou a mexer me sua economia. Irritado, Marcos murmurava contra Deus dizendo: “ Porque foi acontecer isso justo agora?” Mal ele sabia que Deus tem os seus planos. No hospital em meio a tanta desgraça ele puxou sua Bíblia de bolso, começou a ler um versículo da Bíblia que dizia: “Se no meu coração se achasse culpa, o Senhor não me teria ouvido” ( Sl 66,18). Na dês-graça ele foi percebendo que Deus se fazia presente.
Quando o amigo se recuperou eles tiveram a graça de ir juntos visitar Minas Geras. Claro que foi com um pequeno empurrão de Deus. Isso nos mostra que não podemos desistir. Nem quando estamos na des-graça. Tudo em nossa vida concorre para o bem.
Espero que com esta reflexão eu tenha ajudado você a amadurecer um pouco mais na busca de Deus. A partir de agora vamos tentar fazer uma caminhada de fé baseada na Lavra de Deus. Não podemos deixar de caminhar sem Deus. Com Deus tudo fica em harmonia. Até o grão de milho tem sentido para nós quando temos a presença do Criador dentro de nossos corações.
Erivelton Pereira